Poema à solidão.

Ó solidão!

À noite, um tanto tonto

Estranho,

Vagueando sem destino,

pelas ruas m'encontro,

O mar ondula em negras vestes,

É todo pedra... E permaneces.

O vento, todo é poeira lacrimosa... E continuas.

A Lua branca, fria, pesa... E permaneces.

As horas passam entre outras... E permaneces.

Entre meus dedos,

Nas minhas mãos vazias

Permaneces...

No meu indomável sôfrego sexo permaneces,

Em minha negra noturna insônia continuas,

Falo como quem chora, durmo como quem morre,

E permaneces .

Clamo por tanta gente...

E continuas.

Quem me ouve?

Ninguém!

E Permaneces...

Crio versos... E rasgo-os. E permaneces.

Infrene, imutável, Permaneces...

Mas, compreendo por fim

que sou teu eterno companheiro!

Tomb
Enviado por Tomb em 02/04/2011
Código do texto: T2885851
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