sobrevivendo
deixe-me, tolo, seguir meu caminho
meus sonhos bobos caíram no chão
a novidade não é estar sozinho,
é imaginar que há outra opção
deixe-me aqui com as bobagens que escrevo
e que ninguém nunca vem aplaudir,
mais importante que tenham relevo
é me fazerem às vezes sorrir
se não te agradam meus vícios, lamentos,
as aflições que pra mim construí,
meus devaneios, meus mares, meus ventos,
e os castelos que não destruí,
deixe-me aqui com meus pobres momentos,
mas não me culpe se sobrevivi...