Maré do Tempo
Maré do Tempo
Caminhando levemente sobre a areia da maré,
Onde os meus passos não se tornam recordações.
As ondas calmas bailam lentamente nos meus pés.
Traz-me a lembrança dos meus tantos temporais.
Agora retornando a minha aconchegante casa,
Não sinto qualquer medo que tente me apavorar.
O meu coração parece anestesiado dos sofreres.
Tomando meus desejos para por minha fé neles.
Respiro um amor que sobrevive de naufrágios.
Nas minhas costas o sol jovem aquece-me do frio.
A magia agora parece distante de meus sonhos,
Sinto o palpitar das minhas pálpebras a chorar.
Sem andarilhos vivendo palavras insignificantes,
Buscando novamente o reflexo perdido em mim.
Cores adormecidas vagam nesta estrada sem esmo,
Eu mesmo tratando de traçar um destino não remoto.
Victor Cartier