Maré do Tempo

Maré do Tempo

Caminhando levemente sobre a areia da maré,

Onde os meus passos não se tornam recordações.

As ondas calmas bailam lentamente nos meus pés.

Traz-me a lembrança dos meus tantos temporais.

Agora retornando a minha aconchegante casa,

Não sinto qualquer medo que tente me apavorar.

O meu coração parece anestesiado dos sofreres.

Tomando meus desejos para por minha fé neles.

Respiro um amor que sobrevive de naufrágios.

Nas minhas costas o sol jovem aquece-me do frio.

A magia agora parece distante de meus sonhos,

Sinto o palpitar das minhas pálpebras a chorar.

Sem andarilhos vivendo palavras insignificantes,

Buscando novamente o reflexo perdido em mim.

Cores adormecidas vagam nesta estrada sem esmo,

Eu mesmo tratando de traçar um destino não remoto.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 01/04/2011
Código do texto: T2884377
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