Cegueira

O que os olhos não vêem só a alma enxerga

O que a luz não consegue iluminar só o espírito conhece o espectro

O que os sentidos não percebem, só a mente adentra aos umbrais misteriosos da incerteza

O que os humanos não entendem, os animais decifram

O que os animais não conseguem atingir, somente o pensamento é capaz de captar

Num átimo,

Num reles segundo

Num flash dentro do olho amado

A imagem do ser idealizado, desejado e reverenciado

O amor é a cegueira que nos conforta da lucidez insistente.

De dias duros, sombrios, chuvosos, repletos de abandonos e de folhas mortas de outono.

Cegueira táctil a ressucitar os outros sentidos da vida.

A nos fazer phenix do cotidiano.

E brindar o desconhecido com a curiosidade de criança.

Fiat lux

Faça-se a luz... e dês a cegueira sagrada dos homens.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 01/04/2011
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T2884178
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