Nada mais posso
O que será que posso, mas não devo,
porque o que pago é pouco e muito é cobrado,
e se as pendências não me cabem, menos me sabem os erros,
nesses aterros de mim mesmo, em sentimentos abatidos?
Derramando sobre valores ultrapassados os motivos comovidos,
engulo o orgulho e procuro o que não me encontra.
E nas peças que não se encaixam, a profusão de imagens delata,
fazendo notório para mim o que já era tão evidente.
O que será que devo, mas não posso,
quando vejo ruir tudo aquilo o que era nosso
e o velho amor morrer sozinho e descrente?