Poema inacabado
Um enorme espaço vazio
Um enorme nada no escuro
Olho ao redor e me vejo num navio
Só neste oceano de fundo turvo
Rodeado de um nada absoluto
Em direção ao chão me curvo
Trazendo a tona o veneno
Que deveria arrastar comigo o luto
Talvez deva ver quão é profundo
Tal oceano, em minha memoria, pequeno.
Talvez deva intimar-lhe minha alma a teu furto
Palavras estas não ditas, não quero teu susto
As respostas de minhas perguntas tem um custo
Estou tranquilo apesar de meu tempo curto
Sei que meu sangue deve ser enxuto
Apenas este é meu atual sentimento robusto.
Pelo furo de meus olhos essência d’alma deve ter vazado
Trazendo-me mais este poema inacabado