Poema inacabado

Um enorme espaço vazio

Um enorme nada no escuro

Olho ao redor e me vejo num navio

Só neste oceano de fundo turvo

Rodeado de um nada absoluto

Em direção ao chão me curvo

Trazendo a tona o veneno

Que deveria arrastar comigo o luto

Talvez deva ver quão é profundo

Tal oceano, em minha memoria, pequeno.

Talvez deva intimar-lhe minha alma a teu furto

Palavras estas não ditas, não quero teu susto

As respostas de minhas perguntas tem um custo

Estou tranquilo apesar de meu tempo curto

Sei que meu sangue deve ser enxuto

Apenas este é meu atual sentimento robusto.

Pelo furo de meus olhos essência d’alma deve ter vazado

Trazendo-me mais este poema inacabado

Lucas Salles
Enviado por Lucas Salles em 29/03/2011
Código do texto: T2878518
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