Nesta cela
Nada mais tenho em mim que não seja dela.
E eu assim, tão perdido, feito um barco sem vela,
vagando às margens de um amor duvidoso,
amargando um final mais que doloroso,
sofrendo na carne os desvios da alma.
E eu assim, sem paz e sem calma
na indefinição de caminhos diversos,
rompendo com a vida numa solidão errante,
cultivando no peito esse amor inconstante,
aprisionado em minha própria cela...