BANCO DE AREIA
SER QUEBRADO
homem sem pátria em purificação,
fonte do espírito na putrefação.
Se o diabo rebelou-se os anjos
também tem livre arbítrio
e a forja da neve
põe o corpo em delírio.
Rumos do ser alado
no jardim do desejo.
O estranho da solidão é o reverso do todo
do prazer dos julgamentos, a glória da sabedoria
positivista do cadeirante feliz,
o broto murmúrio, a validade das paixões,
o crer na esperança, os rompimentos
na mesa dos lamentadores.
A semente da pujança,
o vôo da vingança de ser e estar,
frases abandonadas na corda bamba
e o pó de arroz arrazoemos
que se espalha na voz das reminiscências (ou queres "reticências"?)
de Davi e golias.
O luar é a poesia da noite e o mistério das coisas
cujos versos dos seus olhos são atos de amor e dor,
caminhos que levam às portas do paraíso
as rimas de sua dor são o destino do oculto.
Especialmente feliz ele caminha na ilha
ou cavalgando no cavalo de troia.
O velho e o córrego fazem a mesma correria
do poeta glorioso filho do trovão
que em sua gíria do reverso
beija o caleidoscópio na torre do encanto
cuja herança é o saber e
palavras de vida.
Adorar na conspiração do silêncio
e nos badalos da salvação
aonde vejo o lago do amor.
Os sons de minhalma
numa chuva de paz,
a gruta jaz
entre flores silvestres.
Na choupana, remédios
de Alencar, Machado,
Maiakovski e Whitman.
O que esta acabando com o mundo não é a poluição desordenada,
mas o negativismo desordenado dos fanaticos.