silêncios na madrugada

a chuva vai escorrendo pela calçada

os passos sempre indecisos de uma criança

a nuvem que não parece atordoada

o sonho que não passou de uma esperança

silêncios que sempre acordam a madrugada

a flor que do seu sorriso nunca se cansa

o vento que retirou as pedras da estrada

as coisas que sem amor jamais se alcança

o vaso que reclamou da água parada

o rei que teve o prazer de não ter herança

o encontro que aconteceu sem hora marcada

a espera, sempre o produto de uma cobrança

a lua olha pra gente apaixonada

mas vezes há em que vê só desconfiança...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 26/03/2011
Código do texto: T2871963
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