silêncios na madrugada
a chuva vai escorrendo pela calçada
os passos sempre indecisos de uma criança
a nuvem que não parece atordoada
o sonho que não passou de uma esperança
silêncios que sempre acordam a madrugada
a flor que do seu sorriso nunca se cansa
o vento que retirou as pedras da estrada
as coisas que sem amor jamais se alcança
o vaso que reclamou da água parada
o rei que teve o prazer de não ter herança
o encontro que aconteceu sem hora marcada
a espera, sempre o produto de uma cobrança
a lua olha pra gente apaixonada
mas vezes há em que vê só desconfiança...