Sol-i-Dão

Sou um ser que vive e

bebe na fonte ardente da

solidão.

Procuro refrescar-me na

calmaria deste silêncio ofegante

mal deduzido, mau sentido,

desfigurado e desorientado.

Sou um quase, um quem sabe,

eu não sei, gostaria saber.

Sentir a presença do nada em meus

pensamentos calados.

Poderá um sem rumo remar

ao norte? Como o faria sem

sul? Ir para o poente para

nascer, ir para a nascente vê

se pôr.

Possuo em evidência a solidão

poderá um poeta ser poeta sem a

sem igual solidão? NÃO!

Eu sou apenas um ser que vive e

bebe na fonte ardente da solidão.

O que eu tenho? Apenas papel e

caneta para preencher o vazio da

imensidão... Sol-I-Dão

Cipreste
Enviado por Cipreste em 26/03/2011
Código do texto: T2871583
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