Sol-i-Dão
Sou um ser que vive e
bebe na fonte ardente da
solidão.
Procuro refrescar-me na
calmaria deste silêncio ofegante
mal deduzido, mau sentido,
desfigurado e desorientado.
Sou um quase, um quem sabe,
eu não sei, gostaria saber.
Sentir a presença do nada em meus
pensamentos calados.
Poderá um sem rumo remar
ao norte? Como o faria sem
sul? Ir para o poente para
nascer, ir para a nascente vê
se pôr.
Possuo em evidência a solidão
poderá um poeta ser poeta sem a
sem igual solidão? NÃO!
Eu sou apenas um ser que vive e
bebe na fonte ardente da solidão.
O que eu tenho? Apenas papel e
caneta para preencher o vazio da
imensidão... Sol-I-Dão