Lágrimas desfeitas

As lágrimas nunca são ouvidas... caem silenciosamente.

Suas trilhas deixam profundas marcas enquanto percorrem o rosto.

E os traços que mais revelam o que foi vivido intensamente,

e as dores que pulsam latentes no mais profundo desgosto,

são aquisições temporárias de um querer quase permanente,

que resiste de forma absurda e se refaz de repente

no instante em que volto a sentir um amor que jazia deposto.

Nenhum pranto ameniza sofreres permitidos em ações passadas.

Nenhuma dor convence o outro por suas opções ultrapassadas.

E o sentimento arbitrário, que inunda a face oculta, obscura,

não vence o decorrer da solidão, não consagra o fim da procura,

e entrega de bandeja a sorte em novas escolhas equivocadas...

ADAMO SIDONIUS
Enviado por ADAMO SIDONIUS em 26/03/2011
Reeditado em 24/01/2019
Código do texto: T2871158
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