Alta madrugada
 
Beijo sua boca doce
E sinto um gosto amargo
Sou um ébrio perdido em devaneios
Procurando algo onde não perdi
E sei, não vou encontrar.
Num copo, num trago.
Acendo outro no mesmo cigarro
Trago a solidão das ruas
Meia taça na mão
P
erdido à luz da lua
Ouvindo o som do silencio
Da madrugada nua
Uma viagem...
Outra miragem...
Imagino o cheiro de terra molhada
Atirando-me ao chão
Alcanço o sabor do asfalto.
Esburacado, debruçados passos na calçada.
Passando por mim, a lucidez...
Diz:
Alto lá...
 
Márcio de Oliveira
24/03/2011
MÁRCIO DE OLIVEIRA
Enviado por MÁRCIO DE OLIVEIRA em 24/03/2011
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