Árvore do sul.
Eis que sou
a árvore do sul
que produz frutas estranhas,
sangue nas raízes,
sangue nas folhas
Corpos negros
se contorcem
com a tal brisa do sul,
Eu
a estranha fruta
nos brancos álamos
incólumes penduradas
são cenas do valente sul.
A boca torce
os olhos incham
no aroma das magnólias
doce e fresco
repentino cheiro de carne apaixonada
sou a fruta para os corvos arrancarem,
Para a chuva esconder,
para o vento dizimar,
Para o sol apodrecer,
para as árvores derrubarem,
Eu sou
esta estranha
e amarga cultura.