Árvore do sul.

Eis que sou

a árvore do sul

que produz frutas estranhas,

sangue nas raízes,

sangue nas folhas

Corpos negros

se contorcem

com a tal brisa do sul,

Eu

a estranha fruta

nos brancos álamos

incólumes penduradas

são cenas do valente sul.

A boca torce

os olhos incham

no aroma das magnólias

doce e fresco

repentino cheiro de carne apaixonada

sou a fruta para os corvos arrancarem,

Para a chuva esconder,

para o vento dizimar,

Para o sol apodrecer,

para as árvores derrubarem,

Eu sou

esta estranha

e amarga cultura.

Tomb
Enviado por Tomb em 21/03/2011
Código do texto: T2862579
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