O CINZA DA SOLIDÃO

Tempo em tempos bucólicos, cinzas e tristes,

quebrado pelo vermelho do banco

sustentando a solidão que atraístes

d’essa mulher, nesse arquibanco

onde chora na imagem que aludistes,

seu coração tão marcado,destroçado,

d’um amor que insensível e cruel, demolistes!

Momentos, o que lhe restou no tempo acabado!

Se lhe brotasse entre o cinza e a chuva,

um diferencial apenas, pra se confiar...

Talvez agarrasse com força e nessa coadjuva

nascesse a esperança pra solidão abreviar...

E quem sabe levante depois e te louva

pelo filete de vida roubada e devolvida...

A gratidão e o bem se cabem como luva,

Num coração, onde a alegria seja aquecida!!!!