RUA SEM SAÍDA

Minha rua não tem saída;

De repente uma cancela

Atravessou na sua vida.

Fim do Amor, o nome dela.

Vai e vem pela contramão,

Em um sentido sem sentido,

As luzes brilham solidão,

Portas fecham ao meu pedido.

Suas canções emudeceram,

A vida aos poucos se definha,

Aonde foi que se perderam

As coisas belas que eu tinha?

O meu jardim implora flores,

Eu lhe desejo boa sorte,

Sinto na alma as suas dores:

Cada flor para mim é morte.

Fim de rua – fim do meu chão.

A saudade feita avenida

Vi abrir-se numa só mão:

A mão dela na despedida.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 21/03/2011
Reeditado em 22/03/2011
Código do texto: T2861006