NOITE NA SALA...

A face no retrato destorcida,

é o espelho...

As batidas do relógio

apunhala o

peito.

A chama da solitária vela

insiste contra as trevas.

O cheiro do vinho derramado

trilha submersa na

vegetação do

tapete persa.

A janela espera em vão

a Lua não virá...

Só o denso breu e

risos alcoolizados

que emergem

da rua...

Já não resta nem a certeza

de que amanhecerá...

Paulo Moreno
Enviado por Paulo Moreno em 19/03/2011
Código do texto: T2857797
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