NOITE NA SALA...
A face no retrato destorcida,
é o espelho...
As batidas do relógio
apunhala o
peito.
A chama da solitária vela
insiste contra as trevas.
O cheiro do vinho derramado
trilha submersa na
vegetação do
tapete persa.
A janela espera em vão
a Lua não virá...
Só o denso breu e
risos alcoolizados
que emergem
da rua...
Já não resta nem a certeza
de que amanhecerá...