Gotas

Cai-se uma gota, avisando a tempestade...

Vertem-se de ti e de mim inúmeras gotas;

Doídas como espinho fincado na pele.

Mas fica em ti a tua coragem;

Pois pelo caminho as gotas lhe seguem...

Deixando rastros para que eu lhe encontre.

Em cada gota; o desespero,

Anelo a vida, sempre estridente...

Reconheço-te pelas gotas, sou paciente;

A dor que sinto aqui dentro,

É uma dor desequilibrada.

Nesta busca desesperada;

Procuro o caminho para chegar à tua alma.

Entrelaçando os dedos dos pés e das mãos...

Perco-me pelas curvas da solidão.

Danilo Figueiredo
Enviado por Danilo Figueiredo em 15/03/2011
Reeditado em 15/03/2011
Código do texto: T2849523
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