Estéril
De novo, no oco do mundo,
sem amor, sem fé, perdido de tudo,
aborrecido com o ar que respiro,
cambaleante despois do giro,
completo cego, surdo e mudo.
Homem de poucos valores,
jogado à mercê dos dissabores,
sob a angústia do sol sem companhia.
Não haveria pior agonia,
senão, aquela que trago no fundo.
Da sujeira sou o próprio pó.
O vento que me leva foi embora.
Corda frouxa não segura o nó,
ninguém é feliz sendo só,
não há minuto sem hora...