Estéril

De novo, no oco do mundo,

sem amor, sem fé, perdido de tudo,

aborrecido com o ar que respiro,

cambaleante despois do giro,

completo cego, surdo e mudo.

Homem de poucos valores,

jogado à mercê dos dissabores,

sob a angústia do sol sem companhia.

Não haveria pior agonia,

senão, aquela que trago no fundo.

Da sujeira sou o próprio pó.

O vento que me leva foi embora.

Corda frouxa não segura o nó,

ninguém é feliz sendo só,

não há minuto sem hora...

QUINTUS DIAS
Enviado por QUINTUS DIAS em 15/03/2011
Reeditado em 02/03/2013
Código do texto: T2848881
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.