passarinho sem liberdade

Passarinho solitário que vive gorjeando

Saltitante pelas arvores livre e feliz

O alimento da natureza vive saboreando

Alguns vivem no lago como a perdiz

Outros nas Campinas pela relva saltitando

Criaturinhas lindas das mais diversas cores

Os coros das alvoradas fazem todo dia

O pequeno colibri vai logo beijando as flores

O canto do sabiá é uma perfeita melodia

Na zona rural é o despertador dos lavradores

As mamães regurgitam para alimentar os bebês

É a natureza sábia velando pela sua cria

Dando-lhes alimento e abrigo para vê-los crescer

Nos galhos do sapotizeiro é só alegria

Até que surge o passarinheiro para lhes prender

O canto de alegria se torna em profundo lamento

Ficam nas gaiolas como animais ferozes

Não entendem sua prisão sem nenhum julgamento

São vendidos nas feiras pelos seus algozes

O canto de liberdade agora é canto de sofrimento

Não importa qual a espécie o cativeiro é igual

Sem liberdade ficam logo sem procriar

O homem só é julgado se passar pelo tribunal

E o passaro inocente na gaiola preso está

Até suas penas serão os enfeites de carnaval

Quem está preso compreende a dor do passarinho

Sente falta da família e da sua liberdade

Viver livre é sentir o ápice de nunca está sozinho

É como o vôo da águia acima da tempestade

É ter inspiração para escrever no meu cantinho

Arara e tucano,urubu rei e os pequenos coleiros

Sabiá e macuco, trinca ferro saltador

Maritaca e periquito,coruja e papagaios campeiros

Uirapuru faz o vôo do galanteador

Todos desaparecerão se das gaiolas forem prisioneiros

ARTONILSON MACEDO BEZERRA
Enviado por ARTONILSON MACEDO BEZERRA em 15/03/2011
Código do texto: T2848757
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