passarinho sem liberdade
Passarinho solitário que vive gorjeando
Saltitante pelas arvores livre e feliz
O alimento da natureza vive saboreando
Alguns vivem no lago como a perdiz
Outros nas Campinas pela relva saltitando
Criaturinhas lindas das mais diversas cores
Os coros das alvoradas fazem todo dia
O pequeno colibri vai logo beijando as flores
O canto do sabiá é uma perfeita melodia
Na zona rural é o despertador dos lavradores
As mamães regurgitam para alimentar os bebês
É a natureza sábia velando pela sua cria
Dando-lhes alimento e abrigo para vê-los crescer
Nos galhos do sapotizeiro é só alegria
Até que surge o passarinheiro para lhes prender
O canto de alegria se torna em profundo lamento
Ficam nas gaiolas como animais ferozes
Não entendem sua prisão sem nenhum julgamento
São vendidos nas feiras pelos seus algozes
O canto de liberdade agora é canto de sofrimento
Não importa qual a espécie o cativeiro é igual
Sem liberdade ficam logo sem procriar
O homem só é julgado se passar pelo tribunal
E o passaro inocente na gaiola preso está
Até suas penas serão os enfeites de carnaval
Quem está preso compreende a dor do passarinho
Sente falta da família e da sua liberdade
Viver livre é sentir o ápice de nunca está sozinho
É como o vôo da águia acima da tempestade
É ter inspiração para escrever no meu cantinho
Arara e tucano,urubu rei e os pequenos coleiros
Sabiá e macuco, trinca ferro saltador
Maritaca e periquito,coruja e papagaios campeiros
Uirapuru faz o vôo do galanteador
Todos desaparecerão se das gaiolas forem prisioneiros