À espera de um momento
Muitas são as vezes em que hesito.
Não vejo o caminho, não vejo por onde caminhar.
Paro, interrompendo o que mal começo.
Olho ao redor, perdido entre tantos rostos.
Sou outro estranho no meio desse grande mundo.
Muitas são as vezes em que fico aflito.
A solidão invade meu espaço, frio é o lugar.
Ela tem de mim todos os códigos de acesso.
Conhece minhas fraquezas e todos os gostos.
E toma meu ser, tocando-me bem lá, no fundo.
E a cidade parece maior, em ruas e congestionamentos.
Nada sai do lugar nem mesmo os pensamentos.
As chuvas são tempestades que impedem qualquer saída.
Eu olho outra vez no espelho e me pergunto o que fiz da vida.
Mas ainda espero pelo momento que vai chegar...
Talvez, longe daqui... talvez, em nenhum lugar.
E tão somente dentro de mim.
30 de Junho de 2009.