Salva-me

Agora,

sou o que fez teu gosto.

Vivendo onde não mais estou,

resta-me só as sombras,

das lembranças,

que em miragem

toco sem retorno.

Me olho assim,e é como

se andasse em circulos;

infinitos circulos que

não te levam de mim.

Então almejo,

com tão puro desejo,

encontrá-lo,

pois és fonte na aridez.

E aos cantos,aos prantos,

rezo que me aceite em

teus pensamentos.

Onde estiver,me acolha;

bem conhece o que preciso.

Me faça acreditar no que

pra mim não se foi,

e abrace-me inocente.

Cá,estou criança que se perdeu,

num féu de decepção...

Não clamarei por nada do que já sei;

pois tua presença,mesmo vazia,

sacia o que não vem.

Cala meu grito:

Salva-me desse poema

que morre sofrido,

e devolva-me vivo,

o motivo ao qual te amei.