FLOR AZUL
Se procurares pela flor azul, verás que ela não existe mais.
Escoou pelas valas da chuva, desistida.Virou lenda no livro inacabado do Poeta sonhador Novalis.
E era tão bela aquela flor, só queria viver na lapela.
Pediu demais ao jardineiro, que de fiel não tinha nada.
ELA Não sonhava em ornar os dias como exclusiva, nem constar nas fotos de família.
Queria meramente adormecer no peito, do lado direito, adornando a roupa nova do rei.
Não era amarela, nem rosa, nem vermelha a tal flor.
Era azul, única personificação do amor.
Então a noite, sua cor se misturaria a cor do ceu escuro, fazendo um manto para dois enamorados se esconderem.
Se a aspirasse, veria que êxtase o asfixiaria fazendo seus minutos virarem dias, ao fechar os olhos, as estrelas fariam coro ao amor, Enaltecendo a plebeia e o rei.
No entanto a flor murchou, já sem perfume, so o tom sobre tom pincelado de tristeza. Puro musgo, flor sem redoma.
ELA foi rolando com a enxurrada, até cair no abismo com outros beijos roubados, eu bem a vi pela janela. Nada fiz.
Ali jaz a flor desbotada, espinho desacreditado, galho alquebrado.
Sai de cena o cupido cabisbaixo, vencido. Assisti a surpresa da platéia de anjos estupefatos, sem os aplausos...
Final do último ato. Funesto passeio da última flor azul, sem nome.
Fim da esperança de Zeus perpetuar o espécime do amor.
Flor virada em cactos. Como testemunha apenas o Poeta... Emudecido.
Se procurares pela flor azul, verás que ela não existe mais.
Escoou pelas valas da chuva, desistida.Virou lenda no livro inacabado do Poeta sonhador Novalis.
E era tão bela aquela flor, só queria viver na lapela.
Pediu demais ao jardineiro, que de fiel não tinha nada.
ELA Não sonhava em ornar os dias como exclusiva, nem constar nas fotos de família.
Queria meramente adormecer no peito, do lado direito, adornando a roupa nova do rei.
Não era amarela, nem rosa, nem vermelha a tal flor.
Era azul, única personificação do amor.
Então a noite, sua cor se misturaria a cor do ceu escuro, fazendo um manto para dois enamorados se esconderem.
Se a aspirasse, veria que êxtase o asfixiaria fazendo seus minutos virarem dias, ao fechar os olhos, as estrelas fariam coro ao amor, Enaltecendo a plebeia e o rei.
No entanto a flor murchou, já sem perfume, so o tom sobre tom pincelado de tristeza. Puro musgo, flor sem redoma.
ELA foi rolando com a enxurrada, até cair no abismo com outros beijos roubados, eu bem a vi pela janela. Nada fiz.
Ali jaz a flor desbotada, espinho desacreditado, galho alquebrado.
Sai de cena o cupido cabisbaixo, vencido. Assisti a surpresa da platéia de anjos estupefatos, sem os aplausos...
Final do último ato. Funesto passeio da última flor azul, sem nome.
Fim da esperança de Zeus perpetuar o espécime do amor.
Flor virada em cactos. Como testemunha apenas o Poeta... Emudecido.