SONHO ESTRELADO

Tão leve como pluma o fresco sereno descia

E um tapete de estrelas cobria a noite fria

A natureza se exibindo exuberante se fazia

Colorindo inutilmente minha vida tão vazia

De repente, lá estava aquele que venero

Carinho que espero do amor que tanto quero

Pude senti-lo tão de perto, cada vez mais perto

E o coração deserto tornou-se assim inquieto

Trazia na face o rubor de quem muito deseja

E nos olhos uma intenção quase evidente

De tornar real um imaginar outrora indecente

No inconseqüente viver o agora simplesmente

O roçar dos braços de um abraço apertado

Paliava a dor do meu peito angustiado

Sentindo o cheiro do teu corpo desejado

Perguntei-me: Será este meu único pecado?

Mas aquele céu estrelado logo se tornou nublado

Na penumbra vi as paredes do meu quarto

Quando percebi que somente havia sonhado

Chorei até meus olhos ficarem pesados

E novamente peguei no sono...

Enviado por Zê em 24/02/2011
Reeditado em 24/02/2011
Código do texto: T2812195