Valsa com a solidão noturna
É noite, muito tarde...
E assim por acaso, de repente
Por meio de um intervalo,
Por um correio na minha mão...
Chegaste até a mim...
Chegou e por esse fato
O meu sossego também se foi...
Não dormi,
Não relaxei,
Não entendi,
Só pensei,pensei, pensei...
Pensei.
E por esses meus pensamentos desgraçados
O teu retrato fantasmagórico
Veio a ficar comigo à noite...
Por quê?
Pra quê?
Não sei, mas veio e deitou comigo no meu leito
E permaneceu assim presente,
Estava simples e fácil,
E me fazia companhia
Simplesmente,
Tu ocupaste naquele momento
O formato aquoso e morno,
Tu eras pra mim na noite de cinco de setembro
As destorcidas lágrimas que tu mesmo provocaste...