Vácuo

No espaço do tempo

Deixado, perdido

A fala, o sorriso

O gesto, a palavra

Vagam vagos no vácuo

É tudo um nada

Um “oi” e seu eco...

Resposta à solidão

Entre você e um abismo

Uma parede a ressonar.

Um passo a diante?

Um ponto final.

Um grito distante

A exclamar um sinal

Ao longe vem a amazona

Com seu cavalo negro

Com olhares fulminantes

E na mão sua foice:

“Escolha a mim, seja forte!

Está tudo no fim,

É finita a noite.

Não terás outra sorte.

Me abrace, enfim,

Aceitando tua morte.”

E no breu da noite escura

Encerra-se seu fardo

De infeliz criatura

Que ao abandonar seu barco

Cava sua própria sepultura.

Stephany Eloy
Enviado por Stephany Eloy em 19/02/2011
Código do texto: T2802079
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