A PRESENÇA DA AUSÊNCIA
A ausência é a única presença no momento,
O silencio é o único som que ouço,
Até quando? Vem no pensamento,
Até quando o trágico desgosto?
Não sinta dó, nem tenha pena,
Não quero isso,
Ficar só é um certo “lema”
É compromisso e por falar nisso,
Creio que poucos possuem algum resquício.
Exponho ocultamente meus pontos fracos,
Agora já são predominantes,
O tempo, o espaço... Tudo faz sentido,
O tempo que você esteve comigo,
O espaço não mais preenchido,
Desde quando tudo tem sido?
Desde quando o sentimento falido?
Você deixou-me um monte de nada,
Você levou consigo a escada,
Que eu usava para alcançar na estante,
A felicidade e o alimento
Para ir adiante.
Eu lamento!
Meus suprimentos esgotaram,
E quando tento,
Seguir sem eles, todos falam:
-Poucos dias para este!
-Poucos dias!
O que fizeste com aquela alegria?
O que fizeste com sua esperança?
Quando abraçaste a melancolia,
Levou-me junto, como criança,
Que não tem malicia
Tampouco pulso,
Para impor a justiça,
Controlando seu impulso.
Porque fizestes o “não fazer”?
Porque quisestes o “não querer”?
Agora não vejo mais você,
Até quando te perder?
Até quando sem você?
Por quê?
Eu não vou saber!