Simulacro

Morro sobre minha base

Construida nas fragrâncias morais da hipocrisia

Furto os sonhos alheios

Condecorando sensações

Reinventando meus pesadelos

Com toques brutos de crueldade

Híbrido de maldade

Compactuo sementes forjadas

Planto corpos despedaçados e putrefatos

Em sepulcros que me causam alergias

Que perpetuam sentinelas em cárcere

Sofro de ilusões perdida no tempo

Jogado na lama...

Lava que me espera em condenação

Queima-me no caos do vale suicida

E me mato cem vezes

Sangrando aos poucos

Vivendo metaforicamente de agonias

E só...Morro de amargura.

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 13/02/2011
Reeditado em 16/01/2016
Código do texto: T2789987
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