Daquilo que não há mais
É o mais próximo de refúgio do tormento
Nada seguro e não sinto o mínimo de paz
Talvez, o meu refúgio e o meu tormento
Não sou lá, nada mais que leva-e-traz.
É o reviver todo doloroso passado
De lágrimas arrancadas e prescritas
Ao olhar para cada pessoa ou quadro
Com suas faces rancorosas e aflitas.
É como esquecer a ferida fresca
E concentrar na antiga cicatrizada
E se perguntar: qual a mais dantesca?
Ou como retornar à casa e não ter lugar
E concluir que morando cá ou ali
Nunca mais um local irá chamar de lar.