Pássaro solitário

Como agoniza o canto das aves noturnas,

Sofisticados são meus passos pesados,

Não tenho pressa pra ver minha cura,

Pois meus anseios se tornam pecado.

É manhã, mas tão frio aqui

Que nem a tarde aquecerá meu destino,

Tantas noites vivendo sem ti,

Volto a lograr desatino.

Será breve ou longo meu sofrimento?

Será grande ou curta minha cólera?

Dos seus lábios estou esquecendo.

Vou voar mais longe este ano,

O ninho já não está tão perto,

E motivos eu tenho para o pranto.

Pandim
Enviado por Pandim em 07/02/2011
Código do texto: T2777079