Pássaro solitário
Como agoniza o canto das aves noturnas,
Sofisticados são meus passos pesados,
Não tenho pressa pra ver minha cura,
Pois meus anseios se tornam pecado.
É manhã, mas tão frio aqui
Que nem a tarde aquecerá meu destino,
Tantas noites vivendo sem ti,
Volto a lograr desatino.
Será breve ou longo meu sofrimento?
Será grande ou curta minha cólera?
Dos seus lábios estou esquecendo.
Vou voar mais longe este ano,
O ninho já não está tão perto,
E motivos eu tenho para o pranto.