O pássaro solitário
O Canário solitário pousou no galho seco e
Trinou uma canção plangente
Era um canto triste...
Melancólico...
Quem sabe, gente, ele estivesse a
Garimpar uma companheira?
Uma fêmea
Fogosa
Fagueira
No cio
Com quem pudesse acasalar?!
Que preenchesse o seu coração vazio,
Desse-lhe uma linda prole
E em paz vivessem anos a fio?
Mas, a sua busca foi em vão
Teimoso, ele não desistiu
Persistiu em sua cantilena triste
Que parecia um poema
Cujos versos vagueiam no espaço infinito, ou
Como um potente grito lançado num desfiladeiro e
Que nenhum eco produziu.