SÓ EU QUE CHOREI
Não tenho mais nada.
Só minhas mãos vazias,
Para dizer-te adeus.
Se ainda tenho lágrimas,
É sinal que valeu.
A esperança desfeita,
Que nem concretizou.
Teu corpo desejado,
Como o melhor doce.
Arranquei as amarras,
Do sonho que inventei.
A dor para arrancá-las,
Fui só eu que chorei.
Falei-te tantas vezes,
Mas sei, agi errado.
Quando disse me esqueça,
Abraçada ao passado.
Foram alguns momentos,
Sei lá, se bons ou maus.
Que já estão guardados,
Junto aos meus pensamentos.
Escondeu-me o teu rosto,
Tentei ver, mas não deu.
Meus olhos embaçados,
Marcados pelo adeus...
Imagine a bobagem,
Qual coisa de criança...
Pensar que eu gostava,
De tanta insegurança.
Eu, que só criei versos
De amor, a vida inteira.
Depois dele maduro,
Inventar brincadeiras.
Só inventei dos teus lábios,
Aquele beijo louco.
Para um apaixonado,
Dizer que ama o outro.
Era sonho e brincava,
Junto aos teus cabelos.
E em cada carreirinha,
Inventei um desvelo.
O que fiz com teu corpo,
É censura falar
Eu não devo expor;
Pois fazendo amor...
Quem irá precisar?