Agora eu poria tudo em versos,
e nuns versos assim tão sem medida,
mas não posso jogar tudo assim
nesse poço sem fundo do silêncio.
Nada mais te alcança e eu sei
que nada mais sou ao teu alcance,
de relance morro no fiar do tempo,
em meio as coisas que passam
e que por passar não ficam...
E vou, vou sem saber aonde ir.
Ou fico sem saber onde estou.
Agora acalento velhas lembranças
nas quais nunca mais me enconto,
agora não mudo mais o passado
e nem conserto qualquer futuro,
porque tudo se foi no presente.
Agora, esse tempo sem tempo
esse momento assim sem fim
em que não me vejo nem me sinto,
durmo e morro e ainda acordo
e ando a esmo pela estrada dura
sem saber o que ainda será de mim...
Mas tanto faz, que me entendam
ou que não me entendam, que seja
que não me levem em consideração
no que é jogado no lixo sem verificação.
Sou o que não se salva ou aproveita,
sou o que se lega aos esquecimentos,
nos momentos em que todos são
tudo o que sou eu sou muito em vão.
Minha vida! Eu disse tanto outrora
é uma vida que não me inclui,
o espasmo, a vertigem, o equivoco
o erro maior a ser esquecido
um pecado de toda a criação.
Que seja, e assim seja, eu sou
o que não se guarda e não se deseja
sou o que nunca se almeja
de tão pequeno e tão só isso
por isso ou por aquilo
sou o que segue ainda em vão.
Sigo a vida, que vida, sigo e que seja
essa a vida toda que me dão
ou que me deixam e deixam ainda
esse pouco de pretensão.
Então esqueça,
que não sou mais que isso
do que isso a que todos vão.
Sou apenas isso e sigo em frente
e em frente é nenhuma direção.
Então vá,
que eu fico e isso não é a questão
isso não é nem a resposta de tudo
que se pergunta sempre muito em vão.
Descanse, que sou nada
de qualquer coisa que perca se perdes
ou do que perdes sem ter a pretensão.
Sou o fantasma dessas horas vazias
e atendo pelo nome de solidão.
Quem sabe o que é ser só?
Pergunte ao seu irmão!
Esse que vive e morre ao teu lado
é aquele que teceu os teus sonhos
com as dores que carrega nos ombros
nos olhos, nos passos e no coração...
e nuns versos assim tão sem medida,
mas não posso jogar tudo assim
nesse poço sem fundo do silêncio.
Nada mais te alcança e eu sei
que nada mais sou ao teu alcance,
de relance morro no fiar do tempo,
em meio as coisas que passam
e que por passar não ficam...
E vou, vou sem saber aonde ir.
Ou fico sem saber onde estou.
Agora acalento velhas lembranças
nas quais nunca mais me enconto,
agora não mudo mais o passado
e nem conserto qualquer futuro,
porque tudo se foi no presente.
Agora, esse tempo sem tempo
esse momento assim sem fim
em que não me vejo nem me sinto,
durmo e morro e ainda acordo
e ando a esmo pela estrada dura
sem saber o que ainda será de mim...
Mas tanto faz, que me entendam
ou que não me entendam, que seja
que não me levem em consideração
no que é jogado no lixo sem verificação.
Sou o que não se salva ou aproveita,
sou o que se lega aos esquecimentos,
nos momentos em que todos são
tudo o que sou eu sou muito em vão.
Minha vida! Eu disse tanto outrora
é uma vida que não me inclui,
o espasmo, a vertigem, o equivoco
o erro maior a ser esquecido
um pecado de toda a criação.
Que seja, e assim seja, eu sou
o que não se guarda e não se deseja
sou o que nunca se almeja
de tão pequeno e tão só isso
por isso ou por aquilo
sou o que segue ainda em vão.
Sigo a vida, que vida, sigo e que seja
essa a vida toda que me dão
ou que me deixam e deixam ainda
esse pouco de pretensão.
Então esqueça,
que não sou mais que isso
do que isso a que todos vão.
Sou apenas isso e sigo em frente
e em frente é nenhuma direção.
Então vá,
que eu fico e isso não é a questão
isso não é nem a resposta de tudo
que se pergunta sempre muito em vão.
Descanse, que sou nada
de qualquer coisa que perca se perdes
ou do que perdes sem ter a pretensão.
Sou o fantasma dessas horas vazias
e atendo pelo nome de solidão.
Quem sabe o que é ser só?
Pergunte ao seu irmão!
Esse que vive e morre ao teu lado
é aquele que teceu os teus sonhos
com as dores que carrega nos ombros
nos olhos, nos passos e no coração...