Arabesco
Nublada vida, como céu que vai chover
Gotas salobras vertem sonhos mal vividos
Que vão rumando para o vale do esquecer
Levando doces sentimentos incontidos...
Mostra, a face, tantas linhas bem marcadas
Mostrando o tempo ao dispor das desventuras
E sem saber vão delatando as agruras
Das alegrias no caminho descartadas
O choro leve, desprovido de revolta
É só um modo de á sorte dar refresco
Visto que tendo, a melancolia, como escolta
Carrega a face seu tristonho arabesco.