Ventos Uivantes

O silêncio das montanhas é poesia

Do vento que não sopra

Calmaria de dias gramados de sol

Do trigo louro de infância

As palavras agora que não são ditas

Nos dias áridos de uma estação estacionada

como esta goma de mascar que não perde o gosto

Me da vontade de gritar

De trincar esta calmaria

Mas calma

Os céus azuis não são raros

Os negros sempre fazem falta

Mas o silêncio é sempre poesia