Morro na penumbra de ser só!
Solidão, como perverso vampiro
Suga minha vontade
Dilacera a ansiedade
Do viver.
Vela a minha noite,
Espreita-me,
Banhando meu corpo em suores.
Gemo e ouço a longa voz.
Como sangrento ser
A alma penada
Do não ser
Não existir.
A febre vem, toma conta
Rio, choro, soluço
Vacilo, evaporo
Cambaleio
E morro na penumbra de ser só.