Duelo com Minh’alma
O escuro invade o íntimo de meu ser,
Tudo é vazio, nada consigo ver.
A solidão é minha única companhia
Presente, rindo da minha agonia.
O frio é intenso, meu coração está gélido,
Minhas mãos trêmulas, meu rosto pálido.
Quero algo para acalmar meu tormento,
Mas nada me ajudará nesse momento.
A tristeza invade o fundo de minh’alma
Gritos e súplicas que saíam de mim outrora
Calam-se diante das tristes lembranças mortais.
Nada mais tem sentido, e não mais terão jamais.
O vento sopra pela janela entreaberta
A morte me alcança, de um sono me desperta
Amores perdidos, amizades fracassadas
Não quero recordar! São coisas passadas.
Ouço vozes, escuto alguém a me chamar
Mas estou sozinho, ninguém consigo achar
Meu coração dispara, no peito sinto um ardor
A consciência me avisa, minha alma chora de rancor.
As vozes se calam, minha vida foi condenada.
Lamentações não ouço mais, minha alma sofre calada
Tudo se foi, todos aqui me deixaram,
Não vejo mais nada; escuro; todos se calaram.