Lágrimas do Poeta
Sinto-me trancado, incapaz de fugir,
Refém de meus pensamentos e tristeza.
Gritos e súplicas parecem de meu coração sair,
De dentro de um ser que no existir, não vê mais beleza.
Tento fugir, não posso, tento escapar, mas é em vão,
A solidão é meu refúgio, a tristeza meu lamento.
Onde estás, oh amada, além de dentro do meu coração?
Riem da minha desgraça, caçoam do meu tormento.
No escuro do quarto, compartilho a solidão,
Para minha dor, a morte é a melhor saída.
Pulsos abertos, quase parando meu coração,
Sangue jorrando, por ele esvairando-se minha vida.
A dor acalma a mente, a melancolia se desmanchou,
Aos amantes uma advertência, aos que já amaram um alerta:
Se alguém disser que nunca sofreu, ou por amor chorou,
Então a vida é bela... E eu não sou poeta!