Dias Oblíquos
Têm dias com nuvens avessas as cachoeiras
E névoas ardentes de paixão
O sol desponta no colo
Suores, calores e refrescos
Os desejos navegados pelo Homem
Argilas esfregadas em praças e ruelas
Nuas de pedras e risos de desgraça
Dias de submissão e desavenças
No sertão das mãos as coxas
E rochas pontiagudas, serão os amparos
No apego da foice, o martelo
Repete os signos do ateu desperto
Mulher ao suor entregue
Ao sabor do amor Apolo
Colore o solo do desapego
E as raízes molhadas com a sua cachaça
Sobrevoam as paredes de fungos verdes.