ESTÁTUA
A estátua começou a se mexer...
Já faz algum tempo
Que pequenos movimentos, fazia.
Muitos não percebiam;
Passava batido o seu mover.
Com o passar do tempo
Esses movimentos, aumentaram...
Alguns agora já percebem
Esse movimentar.
Começou a perder o medo.
Já não ficava parada
Ia à outros lugares.
Ficou notório à todos.
Era parte da humanidade;
Começou seu reinado...
De repente, com a euforia;
Pois tudo era novidade,
Atropelou a vida. Passou por cima
E então, se machucou.
Doeram as feridas...
Com muita dor e sozinha
Procurou refúgio no absinto...
Percebeu ela, que tinha alma e essa doía
Mais que o físico.
Era uma dor no espírito.
Resolveu voltar para seu pedestal.
Ali, sozinha, muda, paralisada,
Pelo menos era admirada...
Em suas reflexões, concluiu que:
“se você não quer sentir dor, não viva,
seja uma estátua a ser admirada...satisfazendo seu ego.”
Porém;
Nunca amará.
Nunca sentirá.
Nunca viverá.
Somente será cuidada, admirada,
Enquanto estátua for...
(PEREZ SEREZEIRO)
José Roberto Perez Monteiro - São Caetano do Sul - S.P. serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br