ESTÁTUA

A estátua começou a se mexer...

Já faz algum tempo

Que pequenos movimentos, fazia.

Muitos não percebiam;

Passava batido o seu mover.

Com o passar do tempo

Esses movimentos, aumentaram...

Alguns agora já percebem

Esse movimentar.

Começou a perder o medo.

Já não ficava parada

Ia à outros lugares.

Ficou notório à todos.

Era parte da humanidade;

Começou seu reinado...

De repente, com a euforia;

Pois tudo era novidade,

Atropelou a vida. Passou por cima

E então, se machucou.

Doeram as feridas...

Com muita dor e sozinha

Procurou refúgio no absinto...

Percebeu ela, que tinha alma e essa doía

Mais que o físico.

Era uma dor no espírito.

Resolveu voltar para seu pedestal.

Ali, sozinha, muda, paralisada,

Pelo menos era admirada...

Em suas reflexões, concluiu que:

“se você não quer sentir dor, não viva,

seja uma estátua a ser admirada...satisfazendo seu ego.”

Porém;

Nunca amará.

Nunca sentirá.

Nunca viverá.

Somente será cuidada, admirada,

Enquanto estátua for...

(PEREZ SEREZEIRO)

José Roberto Perez Monteiro - São Caetano do Sul - S.P. serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 20/12/2010
Reeditado em 23/12/2010
Código do texto: T2681505