Senhor

Café frio, o grisalho solitário,

Silêncio no sofá, sequer tevê,

Levanta as sobrancelhas para ler

Um defunto jornal – de meses vários.

Cavou uma vida vazia de gente,

Amor, não reconhece; assim, não sente.

O olhar negro enrugado implora aos céus

E espera o inferno ou o próximo aluguel.