O sofrimento gela o peito
Pelas vilas das cidades
caminho bem devagar e sozinho,
ouço o clamor das vidas que necessitam
do amor que o criador deseja a eles entregar,
mas nada se vê, ninguém se encoraja de fazer
o bem a áqueles que necessitam a ele receber.
Devemos fazer a estrela mais forte brilhar o coração,
das vidas que sofrem com o desprezo da vida,
pois não conseguem viver em sintonia com a alegria,
por causa que o amor para eles não tem mais valor.
O sofimento gela o peito e no seu desfalque
anoitece a alma, que permanece na escurdão,
travando uma inalterada chama de sofrimento,
e desolusão levando-os a plena decadência.
Nada mais resolve a solidão presente,
nas bases da alma assolada e desiludida,
pois as beldades impostas não mais tem valor,
colidindo assim com a destreza múltipla
da retardada invirtude da regressão.