Loucura e solidão
Na eminência da loucura, vasculho minha memória revolta.
Preciso encontrar um cantinho de ti, um cantinho que seja,
para compreender que o destino nos uniu e friamente nos separou.
No nada me perco e me acho embaixo de uma escada.
Solitária pedra endurecida, pelos desencantos da vida
tentando se mover em vão. O que sinto é o meu coração
suspirante e clamante de teu viver, arrebatado de paixão e dor,
A viajar léguas interrompidas pelo cansaço da incessante busca.
Deus! Por onde anda esse homem que me deixou assim,
perdida em escombros de lembranças vãs?
Alvejante é o mar que lhe percebo vir, chegar e partir.
Apenas sei que esse mar não tem cor, 
é amor ao dissabor de ondas bravias.
Pode ser um mar azul, verde, roxo, cinza, sei lá...
Sei que é o mesmo mar que leva e trás a canção imbuída em teu olhar,
e meus sonhos não cansam de te sonhar,
na incessante busca de te buscar.
Edna Fialho
 

edna fialho
Enviado por edna fialho em 18/12/2010
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T2679088
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