SEM RECOMEÇO
"SEM RECOMEÇO"
Um dia após o outro
Logro da batida a vida
Que meu coração recrimina
Que dedilha a espada
Em minha saliva
E que se finca nova
E que saude a richa
Paúra de enfrentamento
Remoção aos desnorteados
E aos momentos cômodos
A casa mantém mais cômodos
Que hóspedes,
Mais pedestres que óvines
Para que ignores
Por onde minha solidão caminha
Meu pensamento logo se retrái
Vai incômodo, sai e cai
Varia um pouco de tormento
Vendo à tudo,
É que não se dá
É que cobra sustento
Veja que ainda assim
Tem-se no preço
Que continuar-se vivendo
O fim para o fim
É o nunca,
Que plasfêmia!
Se ainda quero a fêmea
Semeia o corpo em mim
Corrompa o negro
Com seus quitutes
Porque não pareis?
Por que me iludes?
Louves meu amor,
Porque dele,
Depende a saúde do beijo
Porque é vesgo
Os olhos rasgados
Que de tão lindos,
Repercutem?
Relembro meus desejos
Deixados por suas mãos
Aceito de Deus,
O desespero,
Prisão,
Desde que castigue-me
Em meio a permissão
Desde que se venha voltar
Que traga o tramor
Em seu bico,
Que mate a secura
De boca
Em seu litro,
Que transforme
O penhor das palavras,
Em líquido
E que se entregue
Feito a lingua esguia,
Em lírio
Decreta o frescor dos dias,
Oh, Deus,
Não negue de mim
A dor,
O humor,
Daquela famigera companhia
Gerada e acabada na lama
Que esbarra no cântaro
E no sândalo
Que cercava a vida
O barro é que lida
Com o que me era caro,
Seu linha,,
Que silencia
Que vivia do recomeço,
Um fraco galho
Que ao romper
Fez de seu ato
Um sem rearo
E do regaço,
O Senhor de meus dias.