NAUFRAGA

 
E o que é estranho afinal, é que nem eu mesma sabia
 
que existia tanta luz dentro de mim antes de ser
 
resgatada em sua vida, que até então julgava atrativa.
 
Pois, acendeste o candeeiro, escancarastes as portas,
 
invadindo todos os cômodos de minha existência.
 
Tomou posse salvando-me do marasmo de mim mesma.
 
Fostes um momento único, brilho mórbido na tempestade.
 
Partistes tal qual veio, deixando-me à deriva, naufraga.
 
Fostes brilho do farol que dizimou o esvoaçar da mariposa.
 
CONCLUSÃO:
 
Se o intuito era partir, melhor nem ter dado esmolas de amor.
 
Melhor teria sido morrer no escuro da esperança, a míngua.
 
 
 
 


Railda
Enviado por Railda em 17/12/2010
Reeditado em 08/11/2013
Código do texto: T2677017
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