FASCÍNIO
A princípio...
Fostes tal qual brilho no final do túnel.
Farol aceso, esperança verde dos campos,
cheiro de recomeço em vidro lacrado...
Fostes a ilusão de um tesouro encontrado.
Não imaginava que outras tinham achado!
Depois...
Fostes tal joio misturado ao amargo encanto.
Preferi renunciar então, enquanto havia luz,
no holofote de meus olhos foscos, do que
permitir que me deixasses como as outras,
que abandonastes rindo pelos caminhos.
Hoje...
Que seja eu a última colonizada tua
serei eu a primeira, de um rol inteiro,
a deixar-te falando sozinho, perdido,
pelo seu próprio fascinante descaminho.
Não haverá pra ti amanhã em meu ninho.
A princípio...
Fostes tal qual brilho no final do túnel.
Farol aceso, esperança verde dos campos,
cheiro de recomeço em vidro lacrado...
Fostes a ilusão de um tesouro encontrado.
Não imaginava que outras tinham achado!
Depois...
Fostes tal joio misturado ao amargo encanto.
Preferi renunciar então, enquanto havia luz,
no holofote de meus olhos foscos, do que
permitir que me deixasses como as outras,
que abandonastes rindo pelos caminhos.
Hoje...
Que seja eu a última colonizada tua
serei eu a primeira, de um rol inteiro,
a deixar-te falando sozinho, perdido,
pelo seu próprio fascinante descaminho.
Não haverá pra ti amanhã em meu ninho.