O CANTAR DA SOLIDÃO

Hoje cantarei a solidão,

Não do jeito que canto o amor

Mas o começo ou o fim de uma paixão.

Cantarei a solidão

Entre a chegada e a partida,

Que de tão sofrida

Abre deveras ferida.

Cantarei uma lagrima

Como quando não canto

Um sorriso rasgado,

mas o começo do amor desesperado.

Cantarei o silencio

não quando como canto

as festas de fim de ano,

mas das portas fechadas no cio.

Cantarei o horizonte

Repleto de nuvens cinza,

Não quando canto

O sol com seu diamante.

Cantarei um canto cheio de solidão

Mas deixando vago

Todos os cômodos do coração.