Medo da morte
Nunca me sinto cansado
Nunca durmo durante o dia
Nunca fico sem comer
Nunca fico ansioso.
Mas a doença me muda
Transforma-me neste louco
Que chora e que ri ao mesmo tempo
De sua própria desgraça.
Não me sinto derrotado
Nem tampouco vencedor
Apenas vou “dar um tempo”.
Minha vez de ir embora
Está prestes a chegar
Mas não estou preparado.
06 de janeiro de 1992, às 22:10 horas