VOZ
A voz da solidão
Como o cantar na imensidão,
Leva a ouvidos atentos
Chorosos pedidos e lamentos.
Poucos tem essa atenção,
De ouvir o silêncio de um coração
Em meio ao barulho
Em que estão nesse mundo.
Cemitério de ilusão
Onde os sonhos vão...
O que fica são pesadelos
Contidos nas sepulturas dos solitários.
Ah; o valsar em união
Entre as catacumbas da sofreguidão
Onde pedidos e lamentos
Ficam unidos em desesperos.
A alma tristonha da multidão
Que na sinfonia baila na escuridão;
Saboreia nesses momentos
A negritude dos pesadelos...
Clama em alta voz solidão.
Clama com o coração.
Assim quem sabe, alguém escute,
Te tire do sepulcro e não te ilude!
(PEREZ SEREZEIRO)
José R. P. Monteiro – SCSul – SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br