VOZ

A voz da solidão

Como o cantar na imensidão,

Leva a ouvidos atentos

Chorosos pedidos e lamentos.

Poucos tem essa atenção,

De ouvir o silêncio de um coração

Em meio ao barulho

Em que estão nesse mundo.

Cemitério de ilusão

Onde os sonhos vão...

O que fica são pesadelos

Contidos nas sepulturas dos solitários.

Ah; o valsar em união

Entre as catacumbas da sofreguidão

Onde pedidos e lamentos

Ficam unidos em desesperos.

A alma tristonha da multidão

Que na sinfonia baila na escuridão;

Saboreia nesses momentos

A negritude dos pesadelos...

Clama em alta voz solidão.

Clama com o coração.

Assim quem sabe, alguém escute,

Te tire do sepulcro e não te ilude!

(PEREZ SEREZEIRO)

José R. P. Monteiro – SCSul – SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 13/12/2010
Reeditado em 22/12/2010
Código do texto: T2669541