D E S P E D I D A.

Hoje!

Venho despedir-me de tudo.

Da paisagem amiga

que ornamenta a beira do riacho

onde trocava-mos juras de amor.

Do perfume suave das flores, ao entardecer.

Da nudez das àguas

a deslizar suavemente rumo ao mar.

Da chegada da noite.

Dos pirilâmpos que não tardam a chegar.

Deste lugar encantador,

que muitas vezes sonhamos,

com a realização do nosso amor.

Assim como as àguas do riacho,

sigo silencioso, e triste,

cabisbaixo.

Para à realidade da vida

que me espera.

Agora!

Só o tumulto das ruas me desperta,

gente passando as pressas,

a caminho do nada.

Marcando os pontos da vida,

em suas despedidas.

E eu!

Eu, me despedindo de tudo,

voltando ao mundo do efêmero.

Ao mundo, dos humanos.

Ao mundo, dos desenganos.

Escrito em 02/12/2010

oliveira poeta
Enviado por oliveira poeta em 02/12/2010
Código do texto: T2649453
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