Edgar, Alone Poet (Homenagem a Edgar Allan Poe)
Este poema fiz em homenagem ao meu escritor e poeta preferido.
Em uma meia noite
De um quarto algures
Onde Luzes
De velas
Criam Sombras
Vivas,
A pena do Poeta
Desliza
Sobre folha quieta.
E eis que ouve,
Esse Poeta,
Em sua porta,
Asas Negras
De desesperança
Trazendo
Trágicas lembranças
Da amada
Morta.
O pobre Poeta
Amargurado,
Fraco, entristecido,
Abre a porta,
Dá abrigo,
Tira da noite
Fria e escura
Aquela criatura
Que lhe traz
A certeza de que
Jaz
Entre hostes celestiais
Seu anjo amado,
Lenora...
O ingrato pássaro negro
Repetindo seu refrão
Fere como a fogo
Fundo o coração
Daquele Poeta
Que amaldiçoa:
Maldita ave que negreja!
Vai-te!
Voa!
Mas o pássaro da negritude
Sem outra atitude,
Sobre o busto de Atena
Permaneceu
A professar sua cantilena
E eu,
Em toda noite fria,
Em toda meia noite
Escura e fria,
Penso naquele Poeta,
Onde estaria,
Se em seu quarto
Com seus Ais,
Ou se Poeta, Nunca Mais...