Edgar, Alone Poet (Homenagem a Edgar Allan Poe)

Este poema fiz em homenagem ao meu escritor e poeta preferido.

Em uma meia noite

De um quarto algures

Onde Luzes

De velas

Criam Sombras

Vivas,

A pena do Poeta

Desliza

Sobre folha quieta.

E eis que ouve,

Esse Poeta,

Em sua porta,

Asas Negras

De desesperança

Trazendo

Trágicas lembranças

Da amada

Morta.

O pobre Poeta

Amargurado,

Fraco, entristecido,

Abre a porta,

Dá abrigo,

Tira da noite

Fria e escura

Aquela criatura

Que lhe traz

A certeza de que

Jaz

Entre hostes celestiais

Seu anjo amado,

Lenora...

O ingrato pássaro negro

Repetindo seu refrão

Fere como a fogo

Fundo o coração

Daquele Poeta

Que amaldiçoa:

Maldita ave que negreja!

Vai-te!

Voa!

Mas o pássaro da negritude

Sem outra atitude,

Sobre o busto de Atena

Permaneceu

A professar sua cantilena

E eu,

Em toda noite fria,

Em toda meia noite

Escura e fria,

Penso naquele Poeta,

Onde estaria,

Se em seu quarto

Com seus Ais,

Ou se Poeta, Nunca Mais...

Bete Allan
Enviado por Bete Allan em 29/11/2010
Reeditado em 04/12/2010
Código do texto: T2644479
Classificação de conteúdo: seguro